Recentemente, as notícias sobre compartilhamento de informações pessoais entre as empresas ganharam muito destaque. O fato de redes sociais, como o Facebook, terem vendido dados de seus usuários para empresas com finalidade política gerou um convulsão social na Europa e nos EUA.

Por isso, surgiram regras cada vez mais duras para impedir o abuso no ambiente corporativo. Tornou-se imprescindível uma política pública que garanta o direito de proteção de dados nas empresas. Nesse contexto, surgiu a Lei de Proteção de Dados (LGPD) em 2018 para fornecer um marco legal para o setor. Quer saber como sua empresa pode se adequar a essa realidade? Então acompanhe o nosso post!

Quais os principais pontos da Lei de Proteção de Dados nas empresas?

A Lei de Proteção de Dados foi criada em 2018 para regular as diretrizes de coleta, compartilhamento, armazenamento e governança de dados pessoais pelas empresas sediadas no Brasil. Assim, toda e qualquer instituição privada deverá proteger os dados de seus clientes para manter a privacidade e a intimidade deles. Além disso, toda pessoa poderá requerer as informações armazenadas pelas corporações a seu respeito.

O principal motivo que gerou essa lei foi a antiga prática de compartilhamento de informações entre empresas sem o devido consentimento do cliente. Por exemplo, um comércio com o seu cadastro poderia vender informações pessoais, como e-mail e telefone, para empresas de marketing. Isso gerava um mal-estar muito grande, pois as pessoas recebiam ligações e ofertas indesejadas.

Por que ela muda a estrutura da sua empresa?

Para estar em conformidade com a nova lei, sua empresa precisará mudar parte da estrutura, pois novas tarefas e funções agora se tornaram obrigatórias em todo e qualquer armazenamento de dados. Será necessário criar fluxos de trabalho e processos específicos para a segurança da informação.

Como adequar sua gestão à nova legislação?

Indicação de um Data Protection Officer (DPO)

Esse será o funcionário/sócio responsável em relação a todos os dados pessoais dos clientes, colaboradores e fornecedores do seu negócio. Assim, ele deverá realizar todas as ações para impedir o vazamento, o sequestro ou o compartilhamento indevido deles.

A lei estabelece a obrigatoriedade do DPO no seu artigo 41, mas não especifica nenhuma formação para ele. Mesmo assim, é essencial que seja alguém especializado em segurança da informação, porque isso garante que ele conhece todos os processos e técnicas para evitar esses problemas e para garantir o compliance com a legislação.

Revisão dos contratos com parceiros

Como explicamos, a lei proibiu o compartilhamento não autorizado de informações e, caso você tenha algum contrato com um parceiro que envolva esse tipo de previsão, é essencial revê-lo. Afinal, a partir da LGPD, elas se tornam completamente nulas.

Investimento em cibersegurança

A cibersegurança será essencial em praticamente todos os negócios nos próximos anos. Afinal, à medida que inserimos sistemas de gestão empresarial, de vendas e de e-commerce, precisamos armazenar cada vez mais dados digitais. Então, é essencial protegê-los de ações maliciosas, o que só pode ser feito com um bom investimento em serviços terceirizados, softwares adequados e em pessoal qualificado.

Isso será um grande diferencial no contexto da Business Intelligence. Esse tipo de ferramenta tem como objetivo coletar dados dos seus clientes atuais e potenciais para analisar as informações. A partir disso, você pode obter insights estratégicos para o seu negócio. Porém, ao utilizar essas ferramentas, é importante garantir o direito à intimidade dos usuários, se não eles podem ficar muito insatisfeitos. Consequentemente, você corre o risco de perder clientes.

Se você não contar com uma política de proteção de dados, além de descumprir a lei, vai prejudicar suas ações de Business Intelligence. Sem essa ferramenta, ficará muito mais difícil crescer diante de um mercado cada vez mais competitivo.

Gostou deste post sobre proteção de dados nas empresas? Quer aprender ainda mais? Então leia nosso outro artigo para saber quais são os riscos de não ter uma consultoria de BI em sua empresa.

Leandro Guimarães
Leandro Guimarães
Leandro Guimarães é o fundador da Know Solutions e trabalha com Business Intelligence desde 2009. Possui amplo conhecimento em Modelagem Dimensional, Data Warehouse e na plataforma Pentaho.

Foi aluno de Ralph Kimball, maior referência mundial no assunto, no curso de Modelagem Dimensional realizado pela Kimball University, em Estocolmo – Suécia.

Já ministrou diversas palestras sobre o tema e atualmente mantêm o blog da Know Solutions, com referências sobre Business Intelligence.

Pós Graduado em Gestão de Projetos de Software pela PUC – Paraná. Trabalhou durante 7 anos na empresa Siemens onde participou de projetos em diferentes países.