ROI (Return on Investment – Retorno sobre Investimento) é um importante indicador de desempenho de negócios e, com ele é possível avaliar o custo/benefício de um investimento. O ROI do Business Intelligence (BI) é o principal indicador que a direção da empresa deve apurar antes e depois da implementação de um projeto de BI.
Sendo assim, é importante que os gestores de projetos de BI tornem-se aptos a calcular o ROI e demonstrar os impactos positivos deste investimento no aumento do lucro da empresa, afinal de contas, os empresários não apostam suas fichas sem perspectivas de retornos favoráveis.
A importância de se saber o ROI
O cálculo do ROI permite saber o valor do investimento que será necessário para implementar o projeto de BI e apurar os retornos que ele proporcionará. Além disso, permite avaliar em quanto tempo este investimento irá se pagar (payback).
O cálculo do ROI do Business Intelligence
A fórmula de cálculo mais comum do ROI é: [(Ganho sobre um investimento – Custo do Investimento) / Custo do Investimento] x 100. O objetivo desejado é ter um ROI positivo.
No cálculo do ROI do BI devem ser consideradas as seguintes variáveis:
- O custo de aquisição da ferramenta de BI; fique atento, pois ele tem muitas variáveis envolvidas que detalharemos a seguir;
- O aumento projetado de receita e/ou da margem de lucro, em função de aumento da produtividade e/ou produção e redução de custos;
- A redução ou eliminação de custos com a automação de processos — é possível eliminar etapas manuais de coleta e análise de dados, por exemplo;
- A redução de custo de capital — com o uso do BI é possível eliminar do estoque produtos que não giram, mas empatam capital, além de reduzir as perdas e os desperdícios.
Os componentes do custo de aquisição do BI
Os principais componentes do custo de aquisição do BI são:
- O custo inicial do software — isso inclui o preço de aquisição de licenças de uso e de adequação do maquinário (hardware) necessário;
- O custo de implantação — considera-se o tempo de dedicação das equipes internas e os custos de contratação de consultores de implantação;
- Customizações do software — isto pode encarecer bastante o projeto de BI;
- O custo de treinamento dos usuários e técnicos — lembrando-se de somar custos de deslocamento, hospedagem e alimentação, quando aplicável;
- Custo de manutenção da ferramenta — este custo permite atualizações frequentes do BI.
Na hora de analisar o ROI do Business Intelligence, fazer uma boa composição de custos e receitas é muito importante. Busque o apoio de pessoas-chave da organização, que podem contribuir com sua experiência na orçamentação de projetos.
Informe-se com fornecedores de soluções sobre os custos incidentes em cada etapa de implementação do BI. Evidencie também os ganhos intangíveis do BI, tais como: a redução de tempo na tomada de decisões, a agilização do acesso à informação, a melhoria da confiabilidade e transparência das informações, etc.
As vantagens de se trabalhar com ROI
As vantagens do uso do ROI estão em suas tendências a:
- Focalizar a atenção do administrador a obter o melhor lucro possível no seu Business Intelligence. O ROI deixa claro os ganhos e perdas em cada investimento e por isso tende a trazer clareza para os projetos.
- Evitar o corte de gastos desnecessários.
- Juntar as muitas fases do planejamento com objetivos e controle de custos.
- Permitir a comparação dos resultados tanto interna quanto externamente.
- Prover resultados duradouros.
- Desenvolver um senso de responsabilidade de esforço na gestão, permitindo que ela meça e avalie suas próprias atividades a luz dos resultados alcançados.
- Auxiliar a detecção de fraquezas em relação ao uso ou não uso de ativos individuais.
- Servir como um critério para medir a eficiência e eficácia da gestão de projetos e no gerenciamento da empresa como um todo.
Os desafios do ROI do Business Intelligence
Por outro lado, ROI tem as seguintes limitações e pode impor os seguintes desafios a um negócio:
- Encontrar uma definição satisfatória de lucro e investimento é difícil. Lucro tem vários conceitos e, da mesma forma, investimento pode ter uma série de conotações.
- O ROI pode influenciar um gestor a selecionar apenas investimentos com altas taxas de retorno, o que pode ser prejudicial. Afinal, outros investimentos de ROI menor podem aumentar o valor do negócio, mas por essa lógica serem rejeitados pelo gerente em questão.
- Comparar o ROI de diferentes empresas exige que ambas utilizem políticas e métodos contábeis similares.
As ferramentas Open Source: uma estratégia para poupar
Para otimizar o ROI do Business Intelligence, uma estratégia é utilizar ferramentas de código aberto. Elas não cobram nenhum tipo de assinatura ou licença, e entregam recursos para a análise e apresentação de dados e também softwares pagos.
A lista abaixo inclui alguns recursos de BI gratuitos que podem alavancar seus negócios:
BIRT
O BIRT se originou do projeto Eclipse e foi lançado pela primeira vez em 2004. Trata-se de uma plataforma de tecnologia de código aberto utilizada para criar visualizações e relatórios de dados.
O BIRT é constituído de vários componentes. O principal inclui um designer de relatório, mas o BIRT também fornece recursos extras como um mecanismo de gráfico, um designer de gráficos e um visualizador.
Com essas ferramentas você deve ser capaz de desenvolver e publicar relatórios sem gastar nada com isso. O BIRT funciona em sistemas Windows, Linux e Mac e é gratuito para todas essas plataformas.
JasperReport
O JasperReport é uma das ferramentas de relatório mais populares do mundo. Ele é usado em centenas de ambientes de produção e tem versões da comunidade e de suporte comercial.
Composto de vários módulos, como a biblioteca JasperReport, o JasperReport Studio e o JasperReport Server, inclui ferramentas importantes para o BI corporativo. Facilitando a integração com a arquitetura de TI existente nas organizações, JasperReport pode ser executado no Windows, Linux ou Mac e está disponível para download gratuito em seu site oficial.
Pentaho
O Pentaho é um dos mais famosos recursos de BI do mundo, abrangendo uma gama de casos de uso de relatórios para a mineração de dados. Sua suíte inclui vários projetos de código aberto, dos quais Pentaho Reporting é provavelmente o mais famoso. Assim como as outras ferramentas de seu conjunto, o Reporting tem uma ampla gama de recursos, pronta para ser aplicado a cenários empresariais.
O Pentaho BI é um aplicativo J2EE que fornece infraestrutura para executar e visualizar relatórios por meio de uma interface baseada na web. Ele é suportado por recursos comunitários, como documentação e wiki e é executado no Java Enterprise Edition (J2EE), tanto em computadores com Linux, quanto Windows e Mac.
Com esses recursos gratuitos e o conhecimento das vantagens e desvantagens do ROI, alavancar o BI na sua empresa será mais fácil, e colocar em prática um plano lucrativo para seus negócios também.
Se você ainda tem alguma dúvida sobre como calcular o ROI do Business Intelligence, deixe um comentário no post, compartilhando também a sua experiência sobre o assunto.
Olá Leandro.
Acredito que o potencial da área de Business Intelligence dentro das empresas pode ser maior do que se imagina hoje.
Trabalho com consultoria de B.I. para agencias e empresas, e enfrentamos diariamente dois grandes problemas.
1- Padronização dos dados: Como utilizamos muitas fontes de dados, todo o processo, desde o que a implementação, até a parte operacional, precisa ser muito bem estruturada. Sem o padrão das informações perde-se muito tempo com “correção”, sendo que “tempo” não é o que temos para identificar um padrão, pois no dia seguinte ele pode mudar se não o tratarmos.
2- Pessoas que não sabem o que querem: Corporações não sabem o que querem, logo querem tudo. O problema é que sabemos que não tudo não é necessário, se consegue identificar padrões e otimizações com metade do volume. Sendo assim o processo de otimização passa a ser inteligente para ser operacional.
O futuro da área esta encaminhando para segmentações e clusterizações dinâmicas para analise de Big Data, mas se o processo de todos envolvidos precisa ser muito bem desenhado e a área de B.I. precisa ter este knowhow também.
Obrigado e muito bom seus artigos.
Oi João, obrigado pelo seu comentário! Concordo com você!
Realmente, a padronização dos dados é o ponto mais sensível mesmo. Aqui estimamos em torno de 60% a 70% do tempo em um projeto de BI apenas para esta parte.
Sobre as pessoas não saberem o que querem, aqui vemos como uma certa vantagem. Muitas vezes não é nem exatamente não saber o que querem, mas não saberem o que é possível fazer. Com isso, parte do nosso trabalho aqui é exatamente entender do que o cliente sofre aí então sugerir algumas coisas. Tentamos não ir para uma abordagem de “o que você quer” mas sim de “quais são seus problemas”.
Isso me deu até a ideia de criar um post focado nisso, vou deixar anotado para o futuro!
Existe uma técnica chamada Árvore de Realidade Presente, da Teoria das Restrições, que lida justamente com essa barafunda de problemas e entendimentos. Eu experimentei a mesma frustração que você, João, e decidi resolver esse problema. A imagem https://geekbi.files.wordpress.com/2020/10/bi_toc-crt-x.png é um resumo do que eu tenho até agora.
Adoraria uma contribuição. “O cliente não sabe o que quer” já está lá. “Dados são sujos” e “Dados são bagunçados” me parecem boas adições.
O que você acha? E você, Leandro?
[…] para aumentar seu lucro ou diminuir seus custos operacionais. Esse é o conceito básico de Business Intelligence utilizado como diferencial […]
[…] de BI — Business Intelligence ou, traduzindo, Inteligência Empresarial — é justamente o diferencial que uma empresa precisa para tratar dados gerados por vários meios. Veja alguns contextos que podem servir de […]
eu precisava para compor você uma pouco de note ajudar diga obrigado again com o extraordinário conselhos você compartilhado nesta página . Foi certamente maravilhosamente generoso com você dando abertamente tudo o que muitas pessoas {poderiam ter | poderiam possivelmente ter | poderiam ter | teriam | distribuído para um ebook para gerar alguma massa para eles mesmos , especialmente considerando que you poderia ter tried it se você nunca desejado . Those estratégias também agido como outras pessoas tenha semelhante desire como my own entender bom negócio mais relacionado este assunto . Eu tenho certeza há alguns mais agradáveis ocasiões ahead para pessoas que ver seu site
Bom dia,
Há muita diferença das versões do livro The Data Warehouse Toolkit?
Vejo que ele esta na 3 edição.
Posso comprar apenas a 3 ou devo comprar todas?
Oi Marcos!
Há algumas atualizações com conceitos mais atuais. Não precisa comprar todas as edições não, apenas a 3a já cobre tudo que precisa.
Sim e não. A maior diferença é entre a primeira edição e as restantes. Da segunda edição em diante, quando a Margy Ross assumiu o livro, é tudo mais ou menos o mesmo.
A primeira edição, que por acaso chegou a ser publicada em português, é a melhor, na minha opinião. Ela é mais concreta, menor e mais focada. Se conseguir achá-la, compre. Vale ouro.
Sobre o comentário do João Kechichian, concordo em relação às empresas não terem claro o que querem, e concordo com o Leandro sobre a abordagem de “Qual o seu problema” para dar as sugestões.
Mas vale ressaltar que as empresas não conseguem identificar o que querem por não terem claro um Planejamento Estratégico e objetivos bem descritos. Isso facilita muito perceber quais indicadores serão necessários acompanhar para atingir os resultados esperados.
Gostaria de entender se a utilização da Big data nas empresas gera algum tipo de desvantagem nas pessoas que lá trabalham ?
Parabéns por trazer a CRISP-DM de volta ao tablado. O “produtocentrismo” que assola o mercardo de BI pressiona os players a comprar o último brinquedo, a seguir a última moda, quando quase tudo que tem algum uso prático já existe há décadas – como o CRISP-DM
Seria legal um artigo um artigo comparando-o com SEMMA. Pode ser muito interessante para quem entrou na área há menos de 20 anos.