As ferramentas de Business Intelligence – BI (Inteligência de Negócios) tornaram-se grandes aliadas dos gestores de negócios, pois viabilizaram a consolidação de informações valiosas para suporte do processo decisório. Isso o tornou um processo mais consistente, por passar a se basear em fatos e não somente em intuição.
Quando o assunto é BI, o Pentaho é um dos softwares mais requisitados do mercado, por ser bastante robusto, versátil e funcionar em multiplataforma. Mas o que muitas pessoas desconhecem é que o Pentaho está disponível em duas versões – Enterprise e Community. Destacaremos aqui as principais diferenças entre essas duas versões, ambas de altíssima qualidade.
Diferenças comerciais
O Pentaho Community é um software livre, com código aberto (open source), criado pela Pentaho para ser distribuído gratuitamente no mercado. Suas atualizações são desenvolvidas e testadas, gratuitamente, por uma comunidade de profissionais de diversas especialidades da tecnologia da informação (TI) e seus usuários, que geram contribuições de grande valor e disponibilizam documentação e tutoriais muito bem elaborados.
Para adquiri-lo, a empresa investe somente na instalação, na customização, no treinamento e no suporte dos usuários, já que o software e as licenças de uso são inteiramente gratuitos. Recomenda-se a contratação de uma consultoria técnica especializada para realização da implantação dessa ferramenta.
O Pentaho Enterprise é um software proprietário, desenvolvido pela Pentaho e comercializado mediante assinatura anual, que garante acesso a funcionalidades avançadas, atualização de versões, SLA (Service Level Agreement – Acordo de Nível de Serviço) para suporte técnico e apoio consultivo e portal de conhecimento com documentação avançada.
Para adquiri-lo, é preciso investir na compra do software e das licenças de uso, na instalação, na customização, no treinamento e no suporte dos usuários.
Similaridades e diferenças técnicas do Pentaho Community e do Pentaho Enterprise
O Pentaho Community tem as mesmas funcionalidades do Pentaho Enterprise – funcionamento multiplataforma, integração com diversas bases de dados, geração de consultas e relatórios, data mining (mineração de dados) e criação de painéis de controle. Tudo isso com alto nível de qualidade, segurança e estabilidade – diferindo nas tecnologias e nas linguagens de programação suportadas.
Por exemplo, para fazer painéis de controle (dashboard) no Pentaho Community, existe o recurso dashboard framework, que permite utilizar as linguagens HTML, CSS e JavaScript. Para as consultas on-line, utiliza um servidor OLAP (Online Analytic Process – Processo Analítico On-line) com a tecnologia Jpivot.
Já a versão Pentaho Enterprise tem uma interface web, designada dashboard designer, que permite criar scorecards e painéis de controle Ad hoc, baseados em metadata ou em SQL Query. Nas consultas on-line, utiliza um servidor OLAP com a tecnologia Analyzer.
Qual deles utilizar?
As ferramentas de BI trazem consigo uma mudança de cultura no acompanhamento de indicadores de desempenho empresariais, o que requer um certo tempo (de médio a longo prazo) para customizações, treinamentos de usuários e consolidação dos resultados. Enquanto essa nova cultura se incorpora aos hábitos corriqueiros da empresa, vale a pena optar pela implantação da versão Community do Pentaho, que tem excelente custo-benefício e oferece uma gama de funcionalidades de alto nível, equiparadas às do Pentaho Enterprise.
Tem mais alguma dúvida sobre as versões disponíveis do Pentaho? Deixe seu comentário!
Olá Leandro.
Acredito que o potencial da área de Business Intelligence dentro das empresas pode ser maior do que se imagina hoje.
Trabalho com consultoria de B.I. para agencias e empresas, e enfrentamos diariamente dois grandes problemas.
1- Padronização dos dados: Como utilizamos muitas fontes de dados, todo o processo, desde o que a implementação, até a parte operacional, precisa ser muito bem estruturada. Sem o padrão das informações perde-se muito tempo com “correção”, sendo que “tempo” não é o que temos para identificar um padrão, pois no dia seguinte ele pode mudar se não o tratarmos.
2- Pessoas que não sabem o que querem: Corporações não sabem o que querem, logo querem tudo. O problema é que sabemos que não tudo não é necessário, se consegue identificar padrões e otimizações com metade do volume. Sendo assim o processo de otimização passa a ser inteligente para ser operacional.
O futuro da área esta encaminhando para segmentações e clusterizações dinâmicas para analise de Big Data, mas se o processo de todos envolvidos precisa ser muito bem desenhado e a área de B.I. precisa ter este knowhow também.
Obrigado e muito bom seus artigos.
Oi João, obrigado pelo seu comentário! Concordo com você!
Realmente, a padronização dos dados é o ponto mais sensível mesmo. Aqui estimamos em torno de 60% a 70% do tempo em um projeto de BI apenas para esta parte.
Sobre as pessoas não saberem o que querem, aqui vemos como uma certa vantagem. Muitas vezes não é nem exatamente não saber o que querem, mas não saberem o que é possível fazer. Com isso, parte do nosso trabalho aqui é exatamente entender do que o cliente sofre aí então sugerir algumas coisas. Tentamos não ir para uma abordagem de “o que você quer” mas sim de “quais são seus problemas”.
Isso me deu até a ideia de criar um post focado nisso, vou deixar anotado para o futuro!
Existe uma técnica chamada Árvore de Realidade Presente, da Teoria das Restrições, que lida justamente com essa barafunda de problemas e entendimentos. Eu experimentei a mesma frustração que você, João, e decidi resolver esse problema. A imagem https://geekbi.files.wordpress.com/2020/10/bi_toc-crt-x.png é um resumo do que eu tenho até agora.
Adoraria uma contribuição. “O cliente não sabe o que quer” já está lá. “Dados são sujos” e “Dados são bagunçados” me parecem boas adições.
O que você acha? E você, Leandro?
[…] para aumentar seu lucro ou diminuir seus custos operacionais. Esse é o conceito básico de Business Intelligence utilizado como diferencial […]
[…] de BI — Business Intelligence ou, traduzindo, Inteligência Empresarial — é justamente o diferencial que uma empresa precisa para tratar dados gerados por vários meios. Veja alguns contextos que podem servir de […]
eu precisava para compor você uma pouco de note ajudar diga obrigado again com o extraordinário conselhos você compartilhado nesta página . Foi certamente maravilhosamente generoso com você dando abertamente tudo o que muitas pessoas {poderiam ter | poderiam possivelmente ter | poderiam ter | teriam | distribuído para um ebook para gerar alguma massa para eles mesmos , especialmente considerando que you poderia ter tried it se você nunca desejado . Those estratégias também agido como outras pessoas tenha semelhante desire como my own entender bom negócio mais relacionado este assunto . Eu tenho certeza há alguns mais agradáveis ocasiões ahead para pessoas que ver seu site
Bom dia,
Há muita diferença das versões do livro The Data Warehouse Toolkit?
Vejo que ele esta na 3 edição.
Posso comprar apenas a 3 ou devo comprar todas?
Oi Marcos!
Há algumas atualizações com conceitos mais atuais. Não precisa comprar todas as edições não, apenas a 3a já cobre tudo que precisa.
Sim e não. A maior diferença é entre a primeira edição e as restantes. Da segunda edição em diante, quando a Margy Ross assumiu o livro, é tudo mais ou menos o mesmo.
A primeira edição, que por acaso chegou a ser publicada em português, é a melhor, na minha opinião. Ela é mais concreta, menor e mais focada. Se conseguir achá-la, compre. Vale ouro.
Sobre o comentário do João Kechichian, concordo em relação às empresas não terem claro o que querem, e concordo com o Leandro sobre a abordagem de “Qual o seu problema” para dar as sugestões.
Mas vale ressaltar que as empresas não conseguem identificar o que querem por não terem claro um Planejamento Estratégico e objetivos bem descritos. Isso facilita muito perceber quais indicadores serão necessários acompanhar para atingir os resultados esperados.
Gostaria de entender se a utilização da Big data nas empresas gera algum tipo de desvantagem nas pessoas que lá trabalham ?
Parabéns por trazer a CRISP-DM de volta ao tablado. O “produtocentrismo” que assola o mercardo de BI pressiona os players a comprar o último brinquedo, a seguir a última moda, quando quase tudo que tem algum uso prático já existe há décadas – como o CRISP-DM
Seria legal um artigo um artigo comparando-o com SEMMA. Pode ser muito interessante para quem entrou na área há menos de 20 anos.