Entretanto, ambas as características têm focos diferentes, de forma que não devem ser confundidas na hora que o planejamento estratégico de um projeto for realizado. Separamos para você as principais diferenças entre inteligência competitiva e inteligência de mercado. Acompanhe!
Qual a diferença entre inteligência competitiva e inteligência de mercado?
Apesar de serem termos bem parecidos na grafia, são conceitos bem diferentes na prática. Isso não significa que sua empresa tenha de escolher uma delas para a sua estratégia. Muito pelo contrário, ambas são essenciais para ganhar um bom posicionamento da marca e mantê-la na liderança por muitos anos. Para que você entenda melhor, fizemos a comparação a seguir!
Inteligência competitiva
A Inteligência Competitiva é conhecida por ter o foco na concorrência. Isso faz com que ela tenha a visão da empresa ao aplicar técnicas de análise de dados. Também está voltada para as ações das organizações que pertencem ao mesmo segmento de mercado.
Portanto, a inteligência competitiva utiliza a coleta e a análise de dados para verificar os processos da concorrência, sendo mais direcionada aos negócios, e atua com informações sobre táticas da concorrência, bem como suas posições no mercado, pontos fortes e fracos e como tudo isso influencia no seu negócio.
Inteligência de mercado
Resumidamente, podemos dizer que a inteligência de mercado está relacionada à coleta e análise de dados para que se possa compreender mercadologicamente em qual posição sua organização está inserida. A inteligência de mercado é focada no cliente e sua função é compreender o comportamento de compra do público-alvo.
Para isso, são utilizadas análises de estatísticas econômicas e sociais, como informações relacionadas à demanda, demografia, consumo, população, entre outros.
Com as informações de inteligência de mercado é possível definir, entre outras coisas, as diretrizes que serão adotadas pela empresa em um período de tempo.
A ideia é sempre observar o mercado para aplicar todas as informações de forma a identificar oportunidades importantes de negócios, antecipando tendências, demandas de consumo, entre outras oportunidades.
Quais estratégias adotar em cada caso?
A inteligência competitiva viabiliza a montagem de diferentes métodos para tomar a frente nos mercados de atuação e desenvolver diferenciais competitivos para melhorar seu posicionamento no mercado.
A inteligência de mercado busca informações que possibilitem à sua empresa desenvolver novos produtos, adequar ao mercado aqueles que já fabrica ou comercializa, para alcançar novos clientes e torná-los parceiros.
Se bem aplicado, todo o conhecimento de inteligência de mercado tende a se espalhar sobre uma série de produtos da empresa, o que permite uma maior abrangência da sua marca. Em ambos os casos algumas estratégias são importantíssimas, como explicaremos nos próximos tópicos.
Plano estratégico
Todo negócio deve fazer um plano estratégico para guiar as decisões do negócio. Um erro muito comum da gestão é tomar uma série de medidas sem saber exatamente o porquê. Eles introduzem metodologias para atrair clientes, mas não sabem como querem desenvolver a imagem para o público. Todo planejamento estratégico deve conter os seguintes itens:
- missão;
- filosofia (visão);
- cultura empresarial;
- objetivos;
- metas;
- planos de ação.
Com esses pontos, você terá um panorama de qual caminho o negócio deve seguir e investir seus recursos.
ERPs
Os ERPs são sistema de gestão corporativa que contam com todas as ferramentas digitais imprescindíveis para a realização de tarefas em todos os setores. Incluem funcionalidades, como emissão de notas fiscais, registro de vendas, controle de estoque, monitoramento financeiro etc.
Além de automatizar grande parte das atividades, trazendo agilidade e precisão, eles também se tornam grandes bancos de dados valiosos que podem ser utilizados na próxima estratégia.
Business Intelligence (BI)
Muitas pessoas conectam o BI com a inteligência de mercado, mas ele é muito mais amplo, pois também abrange ferramentas excelentes para a análise da concorrência. Portanto, é a solução mais completa quando você quer desenvolver essas duas frentes no seu negócio.
A prática do BI envolve a incorporação de tecnologias, aplicações, metodologias e técnicas com a finalidade de coletar e analisar dados importantes para o desenvolvimento de um negócio.
Seu principal objetivo é melhorar a tomada de decisões dentro da empresa, complementado a intuição e experiência dos gestores com informações estratégicas sobre os clientes, os fornecedores, os concorrentes, os fatores macro e microeconômicos, as tendências de consumo etc.
Todos esses dados são coletados em diversas fontes, como os bancos de dados da sua empresa, as redes sociais, os mecanismos de pesquisa online, entre tantos outros.
Portanto, geralmente, são análises que mostram o cenário atual de uma forma bastante profunda, mas também muito abrangente. Aqui, estão alguns exemplos de funcionalidades do BI:
- monitoramento de indicadores de performance e desempenho — a gestão define quais são as metas de vendas, produtividade e custos mais importantes para o negócio. O software de BI coleta os dados em tempo real e atualiza as métricas em relatórios ou dashboards (painéis);
- benchmarking — é a comparação das práticas do seu negócio em comparação com a concorrência. Desse modo, você pode saber quais potencialmente levam a melhores resultados;
- analytics — refere-se a todo o processo de coleta, mineração e análise de dados para que sua empresa tenha métricas para informar uma determinada ação. Isso inclui a análise de riscos, análise preditiva, o processamento de eventos complexos, entre outros. O analytics pode ser usado desde a cadeia de suprimentos até o marketing;
- relatórios completos — o BI fornece vários tipos de relatórios com indicadores, métricas e resultados de cada setor e do negócio como um todo. Desse modo, todos os tomadores de decisão terão mais subsídios para incrementar as inteligências competitivas e de mercado.
A ligação entre inteligência de mercado e inteligência competitiva
Para se manter competitivo no mercado é preciso oferecer diferenciais. Por isso, a necessidade de se investir nos processos de inteligência competitiva e de mercado. Em conjunto, elas conseguem gerar uma inteligência efetiva para o negócio, proporcionando a definição de estratégias empresariais, além de contribuir para o desenvolvimento de ações inovadoras.
Juntas, elas ajudam a entender a concorrência e as demandas de mercado para melhorar seus indicadores, atingir os resultados em vendas e argumentar com mais precisão as suas ações de marketing. Assim, é fundamental considerar os preceitos da inteligência competitiva e inteligência de mercado para traçar futuras estratégias e planejamentos. Atualmente, há ferramentas tecnológicas poderosas para isso e você não pode deixar de utilizá-las.
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Materia muito interessante
Obrigada pelo artigo 🙂 Acho que eu tenho uma equipe que pode obter cada sucesso 🙂 Mas sem kanbantool.com, nao conseguimos arranjar e controlar todas tarefas. Ferramentas digitais podem ajudar bastante – tal como manager ou teamledaer, mas mais suave 🙂 Eu planejo o dia do trabalho com kanban e todas tarefas sao cumpridas. Eu sei que nao cada um gosta trabalhar assim, mas comigo funciona 🙂
Parabéns por trazer a CRISP-DM de volta ao tablado. O “produtocentrismo” que assola o mercardo de BI pressiona os players a comprar o último brinquedo, a seguir a última moda, quando quase tudo que tem algum uso prático já existe há décadas – como o CRISP-DM
Seria legal um artigo um artigo comparando-o com SEMMA. Pode ser muito interessante para quem entrou na área há menos de 20 anos.
Gostaria de entender se a utilização da Big data nas empresas gera algum tipo de desvantagem nas pessoas que lá trabalham ?
Sobre o comentário do João Kechichian, concordo em relação às empresas não terem claro o que querem, e concordo com o Leandro sobre a abordagem de “Qual o seu problema” para dar as sugestões.
Mas vale ressaltar que as empresas não conseguem identificar o que querem por não terem claro um Planejamento Estratégico e objetivos bem descritos. Isso facilita muito perceber quais indicadores serão necessários acompanhar para atingir os resultados esperados.
Bom dia,
Há muita diferença das versões do livro The Data Warehouse Toolkit?
Vejo que ele esta na 3 edição.
Posso comprar apenas a 3 ou devo comprar todas?
Oi Marcos!
Há algumas atualizações com conceitos mais atuais. Não precisa comprar todas as edições não, apenas a 3a já cobre tudo que precisa.
Sim e não. A maior diferença é entre a primeira edição e as restantes. Da segunda edição em diante, quando a Margy Ross assumiu o livro, é tudo mais ou menos o mesmo.
A primeira edição, que por acaso chegou a ser publicada em português, é a melhor, na minha opinião. Ela é mais concreta, menor e mais focada. Se conseguir achá-la, compre. Vale ouro.
eu precisava para compor você uma pouco de note ajudar diga obrigado again com o extraordinário conselhos você compartilhado nesta página . Foi certamente maravilhosamente generoso com você dando abertamente tudo o que muitas pessoas {poderiam ter | poderiam possivelmente ter | poderiam ter | teriam | distribuído para um ebook para gerar alguma massa para eles mesmos , especialmente considerando que you poderia ter tried it se você nunca desejado . Those estratégias também agido como outras pessoas tenha semelhante desire como my own entender bom negócio mais relacionado este assunto . Eu tenho certeza há alguns mais agradáveis ocasiões ahead para pessoas que ver seu site
[…] de BI — Business Intelligence ou, traduzindo, Inteligência Empresarial — é justamente o diferencial que uma empresa precisa para tratar dados gerados por vários meios. Veja alguns contextos que podem servir de […]
[…] para aumentar seu lucro ou diminuir seus custos operacionais. Esse é o conceito básico de Business Intelligence utilizado como diferencial […]
Olá Leandro.
Acredito que o potencial da área de Business Intelligence dentro das empresas pode ser maior do que se imagina hoje.
Trabalho com consultoria de B.I. para agencias e empresas, e enfrentamos diariamente dois grandes problemas.
1- Padronização dos dados: Como utilizamos muitas fontes de dados, todo o processo, desde o que a implementação, até a parte operacional, precisa ser muito bem estruturada. Sem o padrão das informações perde-se muito tempo com “correção”, sendo que “tempo” não é o que temos para identificar um padrão, pois no dia seguinte ele pode mudar se não o tratarmos.
2- Pessoas que não sabem o que querem: Corporações não sabem o que querem, logo querem tudo. O problema é que sabemos que não tudo não é necessário, se consegue identificar padrões e otimizações com metade do volume. Sendo assim o processo de otimização passa a ser inteligente para ser operacional.
O futuro da área esta encaminhando para segmentações e clusterizações dinâmicas para analise de Big Data, mas se o processo de todos envolvidos precisa ser muito bem desenhado e a área de B.I. precisa ter este knowhow também.
Obrigado e muito bom seus artigos.
Oi João, obrigado pelo seu comentário! Concordo com você!
Realmente, a padronização dos dados é o ponto mais sensível mesmo. Aqui estimamos em torno de 60% a 70% do tempo em um projeto de BI apenas para esta parte.
Sobre as pessoas não saberem o que querem, aqui vemos como uma certa vantagem. Muitas vezes não é nem exatamente não saber o que querem, mas não saberem o que é possível fazer. Com isso, parte do nosso trabalho aqui é exatamente entender do que o cliente sofre aí então sugerir algumas coisas. Tentamos não ir para uma abordagem de “o que você quer” mas sim de “quais são seus problemas”.
Isso me deu até a ideia de criar um post focado nisso, vou deixar anotado para o futuro!
Existe uma técnica chamada Árvore de Realidade Presente, da Teoria das Restrições, que lida justamente com essa barafunda de problemas e entendimentos. Eu experimentei a mesma frustração que você, João, e decidi resolver esse problema. A imagem https://geekbi.files.wordpress.com/2020/10/bi_toc-crt-x.png é um resumo do que eu tenho até agora.
Adoraria uma contribuição. “O cliente não sabe o que quer” já está lá. “Dados são sujos” e “Dados são bagunçados” me parecem boas adições.
O que você acha? E você, Leandro?