Cada dia mais, uma boa ferramenta para apoio à decisões estratégicas é essencial para que a sua empresa se mantenha à frente de suas concorrentes e que perceba pequenas mudanças tanto internas quanto externas. Nesse caso, uma plataforma de Business Intelligence pode se encaixar perfeitamente.
Porém, antes de escolher uma boa ferramenta Business Intelligence, a organização precisa fazer um exercício de auto-conhecimento e avaliar se realmente está preparada para esse tipo de solução. Pois, um dos fatores para o sucesso de um projeto de implantação de Business Intelligence é o envolvimento e comprometimento do próprio cliente.
Para ajudar nessa jornada de auto-conhecimento da organização, Wayne Eckerson, em seu livro: Performance Dashboards (Measuring, Monitoring and Managing your Business), elaborou algumas perguntas que devem ser respondidas pelos envolvidos antes de iniciar esse novo empreendimento, que sem dúvida mudará a forma que a organização visualiza e entende suas informações.
Segue abaixo a tradução livre do trecho, com alguns comentários à respeito:
- Estratégia: Sua organização possui uma estratégia clara e coerente com metas, objetivos e indicadores bem definidos?
- Patrocínio: Há um executivo de alto-nível que realmente acredita no projeto e que deseja investir seu tempo evangelizando e cultivando este projeto?
- Necessidade Urgente: A organização possui uma clara necessidade pela ferramenta? O quanto essa organização está sofrendo pela incapacidade de rastrear e medir performance?
- Buy-In: Há gerentes de “médio-nível” que apoiem o projeto? A transparência nos resultados de performance irá ameaçar suas posições e seus poderes adquiridos?
- Escopo: O grupo possui escopo suficiente de forma que a implementação possa ser adaptada por outros grupos na organização?
- Time: O grupo possui pessoas técnicas e de negócio com habilidades apropriadas e experiência para entregar um projeto de sucesso?
- Cultura: O grupo ja possui uma cultura baseada em medidas e toma suas decisões por fatos ao invés de intuição?
- Alinhamento: Os times de negócios e técnico estão alinhados? Eles possuem um bom relacionamento e confiam uns nos outros?
- Dados: Existem dados para popular os indicadores? O quão claros, válidos e completos são esses dados?
- Infra-estrutura: O grupo possui uma sólida infra-estrutura técnica que gere os dados necessários e os entregue para os usuários em um formato fácil de monitorar e analisar?
Em muitos casos, a resposta para a maioria dessas perguntas dentro de uma empresa é não, o que pode levar a pensar que não é o momento de implantar esse tipo de solução. Porém, uma empresa com experiência em projetos de implantação de Business Intelligence, pode ajudar a organização a se preparar para utilizar com sucesso esta ferramenta.
Na sequencia, criarei um tópico para cada um dos itens acima, contando experiências que tivemos com clientes e como solucionamos alguns problemas.
Saiba mais sobre Business Intelligence.
Olá Leandro.
Acredito que o potencial da área de Business Intelligence dentro das empresas pode ser maior do que se imagina hoje.
Trabalho com consultoria de B.I. para agencias e empresas, e enfrentamos diariamente dois grandes problemas.
1- Padronização dos dados: Como utilizamos muitas fontes de dados, todo o processo, desde o que a implementação, até a parte operacional, precisa ser muito bem estruturada. Sem o padrão das informações perde-se muito tempo com “correção”, sendo que “tempo” não é o que temos para identificar um padrão, pois no dia seguinte ele pode mudar se não o tratarmos.
2- Pessoas que não sabem o que querem: Corporações não sabem o que querem, logo querem tudo. O problema é que sabemos que não tudo não é necessário, se consegue identificar padrões e otimizações com metade do volume. Sendo assim o processo de otimização passa a ser inteligente para ser operacional.
O futuro da área esta encaminhando para segmentações e clusterizações dinâmicas para analise de Big Data, mas se o processo de todos envolvidos precisa ser muito bem desenhado e a área de B.I. precisa ter este knowhow também.
Obrigado e muito bom seus artigos.
Oi João, obrigado pelo seu comentário! Concordo com você!
Realmente, a padronização dos dados é o ponto mais sensível mesmo. Aqui estimamos em torno de 60% a 70% do tempo em um projeto de BI apenas para esta parte.
Sobre as pessoas não saberem o que querem, aqui vemos como uma certa vantagem. Muitas vezes não é nem exatamente não saber o que querem, mas não saberem o que é possível fazer. Com isso, parte do nosso trabalho aqui é exatamente entender do que o cliente sofre aí então sugerir algumas coisas. Tentamos não ir para uma abordagem de “o que você quer” mas sim de “quais são seus problemas”.
Isso me deu até a ideia de criar um post focado nisso, vou deixar anotado para o futuro!
Existe uma técnica chamada Árvore de Realidade Presente, da Teoria das Restrições, que lida justamente com essa barafunda de problemas e entendimentos. Eu experimentei a mesma frustração que você, João, e decidi resolver esse problema. A imagem https://geekbi.files.wordpress.com/2020/10/bi_toc-crt-x.png é um resumo do que eu tenho até agora.
Adoraria uma contribuição. “O cliente não sabe o que quer” já está lá. “Dados são sujos” e “Dados são bagunçados” me parecem boas adições.
O que você acha? E você, Leandro?
[…] para aumentar seu lucro ou diminuir seus custos operacionais. Esse é o conceito básico de Business Intelligence utilizado como diferencial […]
[…] de BI — Business Intelligence ou, traduzindo, Inteligência Empresarial — é justamente o diferencial que uma empresa precisa para tratar dados gerados por vários meios. Veja alguns contextos que podem servir de […]
eu precisava para compor você uma pouco de note ajudar diga obrigado again com o extraordinário conselhos você compartilhado nesta página . Foi certamente maravilhosamente generoso com você dando abertamente tudo o que muitas pessoas {poderiam ter | poderiam possivelmente ter | poderiam ter | teriam | distribuído para um ebook para gerar alguma massa para eles mesmos , especialmente considerando que you poderia ter tried it se você nunca desejado . Those estratégias também agido como outras pessoas tenha semelhante desire como my own entender bom negócio mais relacionado este assunto . Eu tenho certeza há alguns mais agradáveis ocasiões ahead para pessoas que ver seu site
Bom dia,
Há muita diferença das versões do livro The Data Warehouse Toolkit?
Vejo que ele esta na 3 edição.
Posso comprar apenas a 3 ou devo comprar todas?
Oi Marcos!
Há algumas atualizações com conceitos mais atuais. Não precisa comprar todas as edições não, apenas a 3a já cobre tudo que precisa.
Sim e não. A maior diferença é entre a primeira edição e as restantes. Da segunda edição em diante, quando a Margy Ross assumiu o livro, é tudo mais ou menos o mesmo.
A primeira edição, que por acaso chegou a ser publicada em português, é a melhor, na minha opinião. Ela é mais concreta, menor e mais focada. Se conseguir achá-la, compre. Vale ouro.
Sobre o comentário do João Kechichian, concordo em relação às empresas não terem claro o que querem, e concordo com o Leandro sobre a abordagem de “Qual o seu problema” para dar as sugestões.
Mas vale ressaltar que as empresas não conseguem identificar o que querem por não terem claro um Planejamento Estratégico e objetivos bem descritos. Isso facilita muito perceber quais indicadores serão necessários acompanhar para atingir os resultados esperados.
Gostaria de entender se a utilização da Big data nas empresas gera algum tipo de desvantagem nas pessoas que lá trabalham ?
Parabéns por trazer a CRISP-DM de volta ao tablado. O “produtocentrismo” que assola o mercardo de BI pressiona os players a comprar o último brinquedo, a seguir a última moda, quando quase tudo que tem algum uso prático já existe há décadas – como o CRISP-DM
Seria legal um artigo um artigo comparando-o com SEMMA. Pode ser muito interessante para quem entrou na área há menos de 20 anos.