O Data Mapping está relacionado com a adequação das empresas à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). A nova legislação entrou oficialmente em vigor no início de 2021 e tem por objetivo assegurar que as informações em posse das empresas estarão resguardadas contra acessos indevidos e quaisquer outros sinistros relacionados com a privacidade de dados.

Dito isso, as empresas precisam fazer o trabalho de organizar todos osdados referentes a clientes, colaboradores e fornecedores, de modo a garantir a conformidade com a LGPD. Para entender melhor sobre o que é Data Mapping, qual a sua importância e como elaborar na empresa, continue a leitura do nosso artigo até o final!

O que é Data Mapping?

Também conhecido por mapeamento ou inventário de dados, o Data Mapping é um documento que contém não só os dados em posse da empresa, mas também a categorização deles. Com isso, é possível avaliar o quão a companhia é eficiente ou não no tocante à privacidade de dados dos clientes, fornecedores e colaboradores. Na prática, é preciso fazer um trabalho bastante árduo de coletar as informações de todos os departamentos da empresa, sendo que, inicialmente, eles não estão organizados da maneira como deveriam estar. Além disso, o Data Mapping visa responder perguntas básicas como:

  • verificar se os dados são pessoais ou não;
  • local onde estão guardados;
  • a maneira com que foram coletados;
  • quem acessa e utiliza os dados;
  • tempo em que os dados ficam mantidos na empresa;
  • como eles são tratados;
  • lugar de processamento dos dados, que pode ser, por exemplo, em servidores físicos e na nuvem, ou ainda em bancos de dados.

Qual a importância do Data Mapping?

Com base no conceito e nas respostas que o Data Mapping visa responder, chega-se à conclusão de que esse inventário é indispensável dentro da empresa. Isso porque, em caso de vulnerabilidades que podem comprometer a integridade e a proteção dessas informações, podem ser adotadas medidas de mitigação, sendo que essas falhas só podem ser identificadas conforme é feito o mapeamento.

Como criar um Data Mapping na empresa?

A criação do inventário de dados, além de precisar ser feita em uma ferramenta adequada, requer a participação de pessoas com conhecimentos técnicos e jurídicos. Dentre os principais pontos que devem estar contidos no Data Mapping podemos citar:

  • tipo de dados;
  • volume de dados;
  • etapas do fluxo de dados, que correspondem à coleta, armazenagem,sanitização, enriquecimento, processamento, segmentação, inferências, transferências e descarte;
  • tecnologias empregadas, como banco de dados;
  • armazenamento dos dados, que pode ser interno ou externo à empresa;
  • origem dos dados, que pode vir de fontes como o site e as redes sociais da empresa;
  • política de privacidade dos dados;
  • segurança da informação;
  • direito dos titulares.

O Data Mapping é um documento que ajuda as empresas a se adequarem à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Como vimos ao longo do texto, a criação do inventário permite identificar pontos vulneráveis na privacidade desses dados, que podem ser mitigados posteriormente e evitar que a companhia sofra punições por não estar em conformidade com a LGPD.

O que achou deste artigo? Deixe o seu comentário e fale-nos sobre alguma situação vivenciada dentro da empresa sobre o tratamento de dados e a LGPD!

Leandro Guimarães
Leandro Guimarães
Leandro Guimarães é o fundador da Know Solutions e trabalha com Business Intelligence desde 2009. Possui amplo conhecimento em Modelagem Dimensional, Data Warehouse e na plataforma Pentaho.

Foi aluno de Ralph Kimball, maior referência mundial no assunto, no curso de Modelagem Dimensional realizado pela Kimball University, em Estocolmo – Suécia.

Já ministrou diversas palestras sobre o tema e atualmente mantêm o blog da Know Solutions, com referências sobre Business Intelligence.

Pós Graduado em Gestão de Projetos de Software pela PUC – Paraná. Trabalhou durante 7 anos na empresa Siemens onde participou de projetos em diferentes países.