A análise de dados é um dos passos mais importantes na gestão de qualquer empresa. Quanto mais complexos forem seus processos, mais importante é conseguir prever seus resultados de forma consistente. Para isso, é importante adotar o Information Value em suas análises.
Essa ferramenta contribui bastante para a confiabilidade das suas análises e conclusões. Algo que se aplica a diversos campos de conhecimento, como marketing, tecnologia da informação, finanças, entre outros.
Acompanhe e entenda o que é Information Value e como aplicá-la em suas análises.
O que é Information Value?
O Information Value é uma ferramenta que reflete o impacto de uma variável no resultado de um modelo preditivo. Ou seja, ela identifica o quão importante um determinado fator é para suas análises. Quanto maior for o IV de uma estatística, maior é o peso que ela possui em suas previsões.
Como calcular o Information Value?
O cálculo do Information Value não é difícil. Basta seguir um passo a passo e utilizar uma planilha para transformar esses dados em informação.
Definir variáveis
Vamos usar como exemplo uma equipe de atendimento com duas pessoas. Atendentes A e B realizam um número definido de atendimentos ao longo do dia de trabalho. Nosso objetivo é calcular seu impacto no sucesso do atendimento.
Coletar dados
Em seguida, devemos coletar duas estatísticas: os Bons Resultados e os Maus Resultados. No nosso exemplo, os Bons Resultados são os tickets abertos e resolvidos e os Maus Resultados são os não-resolvidos.
· Atendente A: 30 resolvidos / 20 não-resolvidos;
· Atendente B: 50 resolvidos / 40 não-resolvidos;
Proporção dos resultados
Em seguida, você deve calcular a proporção de Bons e Maus Resultados. Para isso, divida a variável pela soma de ambas. No nosso exemplo, temos os seguintes resultados:
· Atendente A (Bons): 30/(30+20) = 0,6;
· Atendente A (Maus): 20/(30+20) = 0,4;
· Atendente B (Bons): 50/(50+40) = 0,55;
· Atendente B (Maus): 40/(50+40) = 0,44;
Weight of Evidence (WoE)
O WoE é uma função que compara a proporção entre resultados Bons e Maus. A forma mais fácil de obter esse resultado é usando a função LN do Excell. Selecione a função e insira na fórmula a Proporção de Bons Resultados dividida pela Proporção de Maus Resultados obtidos no passo anterior. Assim, teremos o seguinte caso para cada atendente:
· Atendente A: 0,405465;
· Atendente B: 0,223144;
Note que, para o atendente C, o WoE é negativo. Ou seja, os resultados Ruins superam os Bons.
IV por indivíduo
Agora você deve calcular o Information Value para cada categoria. Nesse caso, para cada atendente. Basta multiplicar seu WoE pela diferença entre resultados Bons e Maus.
· Atendente A: (0,6-0,4)x0,405465 = 0,081093;
· Atendente B: (0,55-0,44)x0,223144 = 0,02454584.
IV total da equipe
Por fim, você soma o Information Value de todas as categorias para identificar o total da equipe. Nesse caso, seu total será 0,10563884.
Avaliação
Quando se trata de analisar os resultados, o IV pode cair em algumas categorias:
· 0,02 ou menor: não é relevante para prever resultados;
· 0,02 a 0,1: fraco, com pouco impacto;
· 0,1 a 0,3: médio, deve ser considerado;
· 0,3 a 0,5: forte, grande impacto nos resultados;
· Acima de 0,5: muito alto, boas chances de haver algo errado em sua análise.
No nosso exemplo, vimos que o IV da equipe é médio.
Vantagens e desvantagens do Information Value
Utilizar o IV em suas análises te dá um embasamento melhor para tomar decisões. Ele traz seu foco para as métricas mais relevantes, deixando de lado aquelas com menor impacto.
Porém, a conclusão só é confiável se sua evidência também for. Falhas na segurança da informação, como manipulação de dados ou erros em sua coleta, podem te levar a uma conclusão incorreta. Por isso é importante medir várias vezes ao longo do tempo.
Aplicações do Information Value na análise de dados
A principal função do IV é guiar sua análise e suas previsões. Ele pode ser aplicado a praticamente todas as áreas da empresa, como finanças, marketing, atendimento, produção, entre outros.
O Information Value é uma excelente ferramenta para elaborar modelos preditivos em seu negócio. Assim, você consegue analisar o impacto de diferentes variáveis e elaborar um plano que leve em conta os cenários mais prováveis. Sendo assim, ele deve sempre ser levado em conta em suas estatísticas.
Quer se aprofundar nesse tema? Então veja aqui nosso artigo falando sobre a importância da análise da informação na tomada de decisões.
Materia muito interessante
Obrigada pelo artigo 🙂 Acho que eu tenho uma equipe que pode obter cada sucesso 🙂 Mas sem kanbantool.com, nao conseguimos arranjar e controlar todas tarefas. Ferramentas digitais podem ajudar bastante – tal como manager ou teamledaer, mas mais suave 🙂 Eu planejo o dia do trabalho com kanban e todas tarefas sao cumpridas. Eu sei que nao cada um gosta trabalhar assim, mas comigo funciona 🙂
Parabéns por trazer a CRISP-DM de volta ao tablado. O “produtocentrismo” que assola o mercardo de BI pressiona os players a comprar o último brinquedo, a seguir a última moda, quando quase tudo que tem algum uso prático já existe há décadas – como o CRISP-DM
Seria legal um artigo um artigo comparando-o com SEMMA. Pode ser muito interessante para quem entrou na área há menos de 20 anos.
Gostaria de entender se a utilização da Big data nas empresas gera algum tipo de desvantagem nas pessoas que lá trabalham ?
Sobre o comentário do João Kechichian, concordo em relação às empresas não terem claro o que querem, e concordo com o Leandro sobre a abordagem de “Qual o seu problema” para dar as sugestões.
Mas vale ressaltar que as empresas não conseguem identificar o que querem por não terem claro um Planejamento Estratégico e objetivos bem descritos. Isso facilita muito perceber quais indicadores serão necessários acompanhar para atingir os resultados esperados.
Bom dia,
Há muita diferença das versões do livro The Data Warehouse Toolkit?
Vejo que ele esta na 3 edição.
Posso comprar apenas a 3 ou devo comprar todas?
Oi Marcos!
Há algumas atualizações com conceitos mais atuais. Não precisa comprar todas as edições não, apenas a 3a já cobre tudo que precisa.
Sim e não. A maior diferença é entre a primeira edição e as restantes. Da segunda edição em diante, quando a Margy Ross assumiu o livro, é tudo mais ou menos o mesmo.
A primeira edição, que por acaso chegou a ser publicada em português, é a melhor, na minha opinião. Ela é mais concreta, menor e mais focada. Se conseguir achá-la, compre. Vale ouro.
eu precisava para compor você uma pouco de note ajudar diga obrigado again com o extraordinário conselhos você compartilhado nesta página . Foi certamente maravilhosamente generoso com você dando abertamente tudo o que muitas pessoas {poderiam ter | poderiam possivelmente ter | poderiam ter | teriam | distribuído para um ebook para gerar alguma massa para eles mesmos , especialmente considerando que you poderia ter tried it se você nunca desejado . Those estratégias também agido como outras pessoas tenha semelhante desire como my own entender bom negócio mais relacionado este assunto . Eu tenho certeza há alguns mais agradáveis ocasiões ahead para pessoas que ver seu site
[…] de BI — Business Intelligence ou, traduzindo, Inteligência Empresarial — é justamente o diferencial que uma empresa precisa para tratar dados gerados por vários meios. Veja alguns contextos que podem servir de […]
[…] para aumentar seu lucro ou diminuir seus custos operacionais. Esse é o conceito básico de Business Intelligence utilizado como diferencial […]
Olá Leandro.
Acredito que o potencial da área de Business Intelligence dentro das empresas pode ser maior do que se imagina hoje.
Trabalho com consultoria de B.I. para agencias e empresas, e enfrentamos diariamente dois grandes problemas.
1- Padronização dos dados: Como utilizamos muitas fontes de dados, todo o processo, desde o que a implementação, até a parte operacional, precisa ser muito bem estruturada. Sem o padrão das informações perde-se muito tempo com “correção”, sendo que “tempo” não é o que temos para identificar um padrão, pois no dia seguinte ele pode mudar se não o tratarmos.
2- Pessoas que não sabem o que querem: Corporações não sabem o que querem, logo querem tudo. O problema é que sabemos que não tudo não é necessário, se consegue identificar padrões e otimizações com metade do volume. Sendo assim o processo de otimização passa a ser inteligente para ser operacional.
O futuro da área esta encaminhando para segmentações e clusterizações dinâmicas para analise de Big Data, mas se o processo de todos envolvidos precisa ser muito bem desenhado e a área de B.I. precisa ter este knowhow também.
Obrigado e muito bom seus artigos.
Oi João, obrigado pelo seu comentário! Concordo com você!
Realmente, a padronização dos dados é o ponto mais sensível mesmo. Aqui estimamos em torno de 60% a 70% do tempo em um projeto de BI apenas para esta parte.
Sobre as pessoas não saberem o que querem, aqui vemos como uma certa vantagem. Muitas vezes não é nem exatamente não saber o que querem, mas não saberem o que é possível fazer. Com isso, parte do nosso trabalho aqui é exatamente entender do que o cliente sofre aí então sugerir algumas coisas. Tentamos não ir para uma abordagem de “o que você quer” mas sim de “quais são seus problemas”.
Isso me deu até a ideia de criar um post focado nisso, vou deixar anotado para o futuro!
Existe uma técnica chamada Árvore de Realidade Presente, da Teoria das Restrições, que lida justamente com essa barafunda de problemas e entendimentos. Eu experimentei a mesma frustração que você, João, e decidi resolver esse problema. A imagem https://geekbi.files.wordpress.com/2020/10/bi_toc-crt-x.png é um resumo do que eu tenho até agora.
Adoraria uma contribuição. “O cliente não sabe o que quer” já está lá. “Dados são sujos” e “Dados são bagunçados” me parecem boas adições.
O que você acha? E você, Leandro?