Embora possa ser sugerido por muitas empresas em suas propagandas, implementar processos de Business Intelligence (BI) nas organizações não é tarefa simples. Não que seja necessariamente uma missão impossível e complicada, o que queremos mostrar é a complexidade desses processos. Eles devem ser implementados com bastante atenção e cuidado para que sejam eficazes.
Os erros podem começar logo com a escolha de um software até a implementação de processos diários de manutenção. Confira como implantar processos de Business Inteligence nas organizações:
1. Delimite corretamente os parâmetros a serem observados
O sucesso da gestão sempre se inicia com a escolha correta de métricas e indicadores para o seu negócio. Comece utilizando KPIs, que representam o centro das engrenagens dos processos de BI.
Ao contrário das métricas comuns, que contêm dados mais difusos a respeito do seu negócio, um KPI deve ser um dado numérico que diz algo sobre o que há de mais essencial no seu negócio.
Enquanto as métricas devem ser várias para indicar a saúde de uma infinidade de processos dentro da empresa, os KPIs ligam-se diretamente a seus objetivos, devendo expressar com uma simples olhada se os mesmos estão se realizando ou não. Por exemplo, uma empresa de vendas pode ter como métricas a rapidez de atendimento, o volume e o crescimento das vendas etc. Contudo, se o objetivo atual for a aquisição de clientes, ela deverá ter como KPI o crescimento do número de clientes, por exemplo.
2. Defina os grupos de usuários
O Business Intelligence é bastante objetivo quanto ao seu escopo. Não é uma mudança de cima para baixo nos processos de uma empresa. É, principalmente, uma mudança na cultura de gestão, para que ela se torne mais estratégica. Por isso, envolve três utilizadores principais: os utilizadores gerais de relatório na empresa, os analistas que avaliarão os dados e, por fim, os gestores, que tomarão as decisões de acordo com as informações captadas.
3. Escolha o software
É o momento mais importante da etapa inicial. Afinal, a escolha inadequada nesse momento pode representar uma grande reformulação no futuro. O ideal é pensar nas ferramentas que você precisa para monitorar os KPIs que estabeleceu e que ofereçam boa usabilidade para os utilizadores.
Assim, a equipe de TI responsável pela implementação dos processos de Business Intelligence deve criar um protótipo — o famoso Proof-of-Concept — mais simples da solução de BI a ser instalada.
Os utilizadores trabalharão normalmente com as aplicações e, depois, poderão fazer uma avaliação e sugerir mudanças para melhorar o software.
?Uma das ferramentas que tem se destacado nesse mercado é o Pentaho, um software livre que permite a customização e a personalização. Ela ainda é capaz de uma maior conectividade, ao mesmo tempo que permite uma arquitetura multiplataforma, tendo, dessa forma, uma excelente usabilidade.
?A Know Solutions trabalha com essa plataforma, oferecendo desde a instalação até o suporte técnico de longo prazo/1
4. Mapeie as fontes dos dados
Para construir a ferramenta ideal de Business Intelligence, é extremamente necessário saber a origem dos dados que alimentarão o data center. São CDs, planilhas, a rede, os bancos de dados? Se os dados não existem e devem ainda ser colhidos, o caso será outro; o ideal é uma pesquisa com os membros da sua empresa a respeito das possíveis fontes futuras.
5. Construa a solução de BI
Primeiro saiba:
- o que será medido;
- quem precisa das medidas;
- onde serão analisados os dados;
- de onde serão colhidos os dados.
Então construa uma ferramenta de Business Intelligence voltada para a sua empresa. Aí será o momento de:
- determinar se um setor de TI precisa ser instalado;
- saber se é preciso terceirizar os processos de Big Data e Data Mining;
- treinar as equipes para utilizar as soluções de BI;
- comprar os equipamentos corretos e contratar ou licenciar o software correto.
Por isso, se você não está habituado com tecnologia e gestão estratégica, o ideal é contratar uma consultoria de BI para que ela supervisione a implementação dos processos na sua empresa. Se você for cuidadoso e tiver êxito nesse momento, certamente colherá dados seguros para tomar suas decisões estratégicas.
Quer dividir sua experiência com a implementação de processos de Business Intelligence na sua empresa? Comente no nosso post!
Olá Leandro.
Acredito que o potencial da área de Business Intelligence dentro das empresas pode ser maior do que se imagina hoje.
Trabalho com consultoria de B.I. para agencias e empresas, e enfrentamos diariamente dois grandes problemas.
1- Padronização dos dados: Como utilizamos muitas fontes de dados, todo o processo, desde o que a implementação, até a parte operacional, precisa ser muito bem estruturada. Sem o padrão das informações perde-se muito tempo com “correção”, sendo que “tempo” não é o que temos para identificar um padrão, pois no dia seguinte ele pode mudar se não o tratarmos.
2- Pessoas que não sabem o que querem: Corporações não sabem o que querem, logo querem tudo. O problema é que sabemos que não tudo não é necessário, se consegue identificar padrões e otimizações com metade do volume. Sendo assim o processo de otimização passa a ser inteligente para ser operacional.
O futuro da área esta encaminhando para segmentações e clusterizações dinâmicas para analise de Big Data, mas se o processo de todos envolvidos precisa ser muito bem desenhado e a área de B.I. precisa ter este knowhow também.
Obrigado e muito bom seus artigos.
Oi João, obrigado pelo seu comentário! Concordo com você!
Realmente, a padronização dos dados é o ponto mais sensível mesmo. Aqui estimamos em torno de 60% a 70% do tempo em um projeto de BI apenas para esta parte.
Sobre as pessoas não saberem o que querem, aqui vemos como uma certa vantagem. Muitas vezes não é nem exatamente não saber o que querem, mas não saberem o que é possível fazer. Com isso, parte do nosso trabalho aqui é exatamente entender do que o cliente sofre aí então sugerir algumas coisas. Tentamos não ir para uma abordagem de “o que você quer” mas sim de “quais são seus problemas”.
Isso me deu até a ideia de criar um post focado nisso, vou deixar anotado para o futuro!
Existe uma técnica chamada Árvore de Realidade Presente, da Teoria das Restrições, que lida justamente com essa barafunda de problemas e entendimentos. Eu experimentei a mesma frustração que você, João, e decidi resolver esse problema. A imagem https://geekbi.files.wordpress.com/2020/10/bi_toc-crt-x.png é um resumo do que eu tenho até agora.
Adoraria uma contribuição. “O cliente não sabe o que quer” já está lá. “Dados são sujos” e “Dados são bagunçados” me parecem boas adições.
O que você acha? E você, Leandro?
[…] para aumentar seu lucro ou diminuir seus custos operacionais. Esse é o conceito básico de Business Intelligence utilizado como diferencial […]
[…] de BI — Business Intelligence ou, traduzindo, Inteligência Empresarial — é justamente o diferencial que uma empresa precisa para tratar dados gerados por vários meios. Veja alguns contextos que podem servir de […]
eu precisava para compor você uma pouco de note ajudar diga obrigado again com o extraordinário conselhos você compartilhado nesta página . Foi certamente maravilhosamente generoso com você dando abertamente tudo o que muitas pessoas {poderiam ter | poderiam possivelmente ter | poderiam ter | teriam | distribuído para um ebook para gerar alguma massa para eles mesmos , especialmente considerando que you poderia ter tried it se você nunca desejado . Those estratégias também agido como outras pessoas tenha semelhante desire como my own entender bom negócio mais relacionado este assunto . Eu tenho certeza há alguns mais agradáveis ocasiões ahead para pessoas que ver seu site
Bom dia,
Há muita diferença das versões do livro The Data Warehouse Toolkit?
Vejo que ele esta na 3 edição.
Posso comprar apenas a 3 ou devo comprar todas?
Oi Marcos!
Há algumas atualizações com conceitos mais atuais. Não precisa comprar todas as edições não, apenas a 3a já cobre tudo que precisa.
Sim e não. A maior diferença é entre a primeira edição e as restantes. Da segunda edição em diante, quando a Margy Ross assumiu o livro, é tudo mais ou menos o mesmo.
A primeira edição, que por acaso chegou a ser publicada em português, é a melhor, na minha opinião. Ela é mais concreta, menor e mais focada. Se conseguir achá-la, compre. Vale ouro.
Sobre o comentário do João Kechichian, concordo em relação às empresas não terem claro o que querem, e concordo com o Leandro sobre a abordagem de “Qual o seu problema” para dar as sugestões.
Mas vale ressaltar que as empresas não conseguem identificar o que querem por não terem claro um Planejamento Estratégico e objetivos bem descritos. Isso facilita muito perceber quais indicadores serão necessários acompanhar para atingir os resultados esperados.
Gostaria de entender se a utilização da Big data nas empresas gera algum tipo de desvantagem nas pessoas que lá trabalham ?
Parabéns por trazer a CRISP-DM de volta ao tablado. O “produtocentrismo” que assola o mercardo de BI pressiona os players a comprar o último brinquedo, a seguir a última moda, quando quase tudo que tem algum uso prático já existe há décadas – como o CRISP-DM
Seria legal um artigo um artigo comparando-o com SEMMA. Pode ser muito interessante para quem entrou na área há menos de 20 anos.