A gestão com base nos dados usa diversas ferramentas que permitem a visualização de diversos aspectos da empresa, no sentido de ter referências claras e permitir uma decisão mais acertada. Um desses recursos é o gráfico de dispersão, muito usado em estratégias de Business Intelligence para entender a relação entre acontecimento e consequência.

Mas você sabe o que é esse gráfico e como pode ser estruturado? Conheça mais sobre o recurso e sua aplicação dentro do BI!

O que é o gráfico de dispersão?

Um gráfico de dispersão é composto de dois eixos de valor, com dados numéricos nos eixos vertical e horizontal. Com a intersecção de pontos no valor numérico de cada um desses eixos, há a marcação de pontos de dados individuais que relacionam causa e efeito e que podem ser usados pelo BI para entender fatores ou realidades da empresa.

Quais são os tipos de gráficos de dispersão?

A correlação apresentada por um gráfico de dispersão pode ser de três tipos principais: a positiva, a negativa e a perfeita, que tem duas classificações (forte e fraca). Saiba mais sobre cada uma delas.

Positiva

Os pontos se unem em uma linha crescente, mostrando o aumento de uma variável por consequência do crescimento dos valores de um dos eixos. Um exemplo prático é o aumento da qualidade na produção como resposta aos treinamentos aplicados.

Negativa

É quando o gráfico apresenta uma linha decrescente, tendo a diminuição de uma variável como consequência de outra. Por exemplo, a queda na qualidade do clima organizacional aponta uma diminuição nos índices de produção da empresa.

Perfeita

É identificada quando não há uma grande diferença entre os pontos, seja uma tendência positiva, seja uma negativa. Nesses casos, pode ser:

  • forte — dados com uma forte correlação apresentam menor dispersão dos pontos;
  • fraca — dados com uma correlação fraca indicam maior dispersão dos pontos.

Em que cenários se usa o gráfico de dispersão?

De acordo com a classificação mostrada há pouco, esse é um recurso que pode ser usado tanto em situações positivas quanto em negativas. É possível, por exemplo, criar um gráfico para saber a relação entre aumento nas vendas e satisfação dos clientes com determinado produto ou serviço.

Em uma correlação negativa, o diagrama de dispersão pode mostrar uma relação entre o aumento no preço e a redução nas vendas. Enfim, possibilidades não faltam. A ferramenta é uma excelente forma de corrigir rotas e melhorar os resultados do negócio.

Como fazer um gráfico de dispersão?

O básico na hora de desenvolver o gráfico de dispersão é identificar a causa e o efeito de um evento. Em seguida, ao plotar os pontos nos eixos x e y, os gestores terão certeza se essas variáveis estão correlacionadas ou não. Se não estiverem, outras possibilidades podem ser analisadas.

Após definir causa e efeito, deve-se coletar todos os dados referentes a essas duas variáveis. A representação gráfica pode ser feita tanto no computador quanto no papel, mas o primeiro tende a ser mais preciso.

Geralmente, usa-se a causa no eixo x (horizontal) e o resultado ou a consequência no eixo y (vertical).

Gráfico de dispersão aplicado

Suponha que sua empresa fez uma campanha de marketing e agora deseja saber como impactou as vendas. Nesse caso, você vai colocar no eixo x o tanto de investimento que foi direcionado nessa campanha; e no eixo y, o desempenho em vendas.

Por exemplo, se um dos valores do eixo x for 500 reais e isso causou uma receita de vendas no valor de 1.500 reais, um ponto deve ser traçado exatamente nesse lugar. O procedimento deve ser repetido até que se encontre uma correlação positiva, negativa ou perfeita.

Lembrando que todas as informações referentes à campanha de marketing e as vendas se encontram em vários lugares.

Onde fazer o gráfico de dispersão?

O Excel é um programa que permite fazer o gráfico de dispersão até com certa facilidade. Basta selecionar uma tabela específica, clicar na opção “inserir” e clicar em “gráfico de dispersão”. Em pouco tempo, você terá em mãos a visualização da relação de causa e efeito entre os elementos da tabela selecionada.

Apesar da praticidade, o Excel tem limitações. Algumas delas se referem ao volume dos dados à complexidade de certas análises que a empresa precisa fazer. Portanto, se os dados estão seguindo uma forte tendência de crescimento, o ideal é evoluir para ferramentas mais robustas. Estas vão, de fato, mostrar mais detalhes que talvez passem despercebidos pelo Excel.

Uma dessas opções é o Power BI. A ferramenta, também da Microsoft, tem uma gama de recursos maior do que o Excel, os quais permitem análises mais precisas e detalhadas. Ela é ideal para identificar certas dependências entre eventos, pela exibição não apenas de gráficos de dispersão, mas também de dashboards interativos e demais recursos interessantes de visualização.

Como obter o gráfico com ferramentas de BI?

O Business Intelligence é usado para entender os cenários da empresa,. Ele mostra quais caminhos podem ser tomados para o alcance dos objetivos ou de resultados positivos para o negócio.

Quando falamos de gestão empresarial, muitas vezes fica difícil mensurar com exatidão os impactos de algumas mudanças. Afinal, essas alterações foram importantes para os resultados atuais?

É aí que o gráfico de dispersão pode ser usado. Identificando as variáveis de causa e efeito nos dois eixos do gráfico, é possível identificar as ocorrências e perceber como as decisões impactam os aspectos que serão avaliados. A partir disso, os gestores definem se continuarão no mesmo caminho ou se adotarão uma nova abordagem.

Boas ferramentas de BI facilitam essa avaliação gerando o gráfico automaticamente com o uso de dados que já tem em seu repertório.

Para criar esse gráfico, é necessário informar à ferramenta os parâmetros, indicando como os valores devem ser agrupados. Também é importante indicar quais informações serão usadas nos eixos horizontal e vertical, para que haja a correlação dos dados necessários para a análise. A variável independente fica no eixo horizontal e a variável dependente no eixo vertical.

Ficou claro o que é o gráfico de dispersão e como ele pode ser usado para uma melhor gestão da empresa? Com o BI, é possível obter esses gráficos mais rapidamente e em tempo hábil para uma análise com a urgência que o mercado exige.

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Leandro Guimarães
Leandro Guimarães
Leandro Guimarães é o fundador da Know Solutions e trabalha com Business Intelligence desde 2009. Possui amplo conhecimento em Modelagem Dimensional, Data Warehouse e na plataforma Pentaho.

Foi aluno de Ralph Kimball, maior referência mundial no assunto, no curso de Modelagem Dimensional realizado pela Kimball University, em Estocolmo – Suécia.

Já ministrou diversas palestras sobre o tema e atualmente mantêm o blog da Know Solutions, com referências sobre Business Intelligence.

Pós Graduado em Gestão de Projetos de Software pela PUC – Paraná. Trabalhou durante 7 anos na empresa Siemens onde participou de projetos em diferentes países.